Estava frio, e um manto gigante de neve.
a cinco dias atrás tinha caído o maior nevão dos últimos 30 anos.
Aterramos em hahn e tínhamos o pai á nossa espera.
Foram 3 mês separados que mais pareceu uma vida.
E de um dia para o outro tudo mudou.
Passado 3 dias de ter chegado comecei a trabalhar, o Afonso foi para uma ama.
Passamos o primeiro Natal sozinhos, a 3. E o Ano Novo, passamos á 3 no sofá, desejando que a vida nos sorrisse!
Não me dado por contente, por a cria esta na ama, procurei uma escola, como quem procura uma agulha num palheiro,
Onde faz novos amigos, e aprende uma nova língua.
Eu da noite par o dia passo a andar de transportes públicos, coisa que não fazia desde a infância, e descubro um país sozinha, pois a necessidade de trabalhar assim o obrigava.
O Afonso festejou o primeiro aniversário longe dos avós, mas perto dos primos.
Cantou os parabéns numa outra língua! E este foi o primeiro de muitos.
4 Meses depois as avós vêm nós visitar e matamos um bocadinho de saudades.
Deixei de ser mãe a tempo inteiro, e além de ter custado e ainda hoje custar não estar sempre lá, confesso que hoje mesmo não fazendo nada de especial nem de que gosto me sinto muito mais realizada.
Em Setembro o Afonso começou uma nova fase, mudou de escola, professores, amigos, língua. Passou a frequentar a escola e a ama.
Descobrimos que ele fala francês, e começa a perceber o luxemburguês.
O pai mudou de trabalho e sente-se muito melhor, tem um horário fantástico o que permite o Afonso ter horários normais.
Eu continuo com horários de doidos, mas de todos que são permitidos, estou desde Setembro com o melhor.
Que me permite levar o Afonso a escola e chegar a casa ainda com ele acordado.
Quando chegamos fomos viver para a Bélgica, as casas são muito mais baratas, mas o objectivo foi sempre vir para o Luxemburgo, em Setembro cumprimos mais um objectivo. Mudamos de casa, e agora sim estamos em território luxemburguês.
Em Novembro fomos presenteados com a visita daqueles amigos do coração, que não são do nosso sangue mas que escolhemos para fazer parte da nossa família.
Já chorei muito, já ri muito e ao fim de um ano só posso dizer que o balanço é positivo.
E como diria a Maria Vieira o meu país é onde sou feliz.
Nunca esquecerei a minha terra, as minhas raízes, nem nunca deixarei de ser portuguesa, mas aqui: Eu sou feliz! E sei que o meu filho também o é!
Os objectivos são muitos e penso que estamos no bom caminho, e é aqui que quero ficar e continuar a ser feliz.
Um ano já passou e espero que muitos mais viram, e se não forem melhores ou menos que sejam como estes!
13/12/2010, marca uma nova etapa da minha/nossa vida!
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