amo o meu filho mais do que tudo na vida, por ele faço tudo, sou contra tudo e todos para o defender.
saí do meu país, "abandonei" tudo em nome de um futuro melhor, sempre mas sempre a pensar nele, nem eu nem o pai não sabemos o que é passar necessidades, graças a Deus, e também não queremos que ele saiba, por isso partimos e arriscamos para que nunca lhe falte nada.
tento ser a melhor mãe do mundo, as vezes não sei onde vou buscar paciência, é que de paciência não reza a minha história.
tento sempre "dominar", "contornar" a fera, mas cada vez se torna mais complicado.
o Afonso está com quatro anos e com um feitio mais vincado do que eu com quase vinte e nove.
teimoso, teimoso, teimoso, com feitiozinho daqueles que eu chamo de gancho.
ele é que sabe, ele é que manda e têm que ser como ele quer.
ontem passei a maior vergonha da minha vida.
foram os dois buscar-me ao trabalho, passamos numa loja de novos e usados que nos tinham falado em busca de jogos para a wii, que nos disseram ser mais baratos
era o caso da pista, disse-lhe que não e expliquei o porque, fez uma birra gigante, quanto mais falava com ele, mais ele gritava quase que lhe saiam os pulmões.
de seguida fomos ter com uns amigos onde íamos jantar, pelo caminho disse-lhe que estava de castigo, disse-lhe que ia ficar sem wii, e de ver bonecos durante uma semana, e se continuasse a porta-se mal, o castigo era prolongado. pediu desculpa, prometeu que se ia portar bem como lhe tinha pedido.
também durante a viagem disse-lhe que íamos a uma bradaria (é uma feira, anual que acontece em cada comuna, que não sei explicar o motivo), disse-lhe que ia haver brinquedos mas que não adiantava pedir porque estava de castigo e eu não ia comprar. concordou. quis andar nos insufláveis, no carrocel, e no fim quis um brinquedo, disse-lhe que não e mais uma gritaria.
em casa dos nossos amigos, fez fita atrás de fita, nunca nos ouvia, respondia-nos sempre, desobedecida sempre, sempre. dizia que ele é que mandava, chorou, gritou, esperneou.
acabamos por vir mais cedo embora, cheios de vergonha, com vontade de nos enfiarmos num buraco.
de tanta birra que fez as de hoje, passaram todos os limites, levaram-nos nem sei bem a onde, ao ponto de lhe darmos umas palmadas no rabo, eu sou mais disso confesso, mas o pai fica doente e se lhe deu uma ou duas palmadas em quatro anos foi o muito. e hoje quando o vi fazer isso percebi que ele próprio estava já fora de si.
sempre conseguimos "domar" a fera de uma maneira ou de outra, mas neste momento sinto que já não tenho mais mão nele, as forças estão a fugir, e não é só mimo, sim porque ele é muito mimado,e sim também sei e assumo que fui eu que estraguei o meu filho, porque fiz todas as vontadinhas ao menino. mas isto não é só mimo, é feitio, um feitio muito muito difícil.
e que vai dar muita dor de cabeça e eu começo a não saber lidar com a situação!
6 comentários:
Olá Carolina, boa noite!
Há muito tempo que não te visitava e pelos vistos houve muitas mudanças na tua vida.
Espero que estejam bem.
Em relação ao Afonso, ele ainda é pequenino.
Mas como diz o ditado " de pequenino é que se torce o pepino"
Por aquilo que li, o Afonso está pouco habituado à palavra Não!
É bom que vocês o habituem a essa palavra, o mais cedo possível.
Sei do que estou a falar, tenho 2 filhos adultos e uma neta com 6 anos.
O mimo numa criança, nunca é demais!
o que é demais é a condescendência!
E lembra-te é sempre mais fácil dizer Sim.
O Não, obriga a muitas explicações e nem sempre temos vontade e força para isso.
O Afonso é pequenino, mas muito esperto!
Está a medir forças, isso é normal em todas as crianças.
Desejo-vos muitas felicidades que a vida vos dê tudo o que desejam.
Jinhos grandes
A educação é muito dificil,mas não podemos ceder por ser o caminho mais fácil, nunca.É da responsabilidade dos pais imporem limites. Não há desculpas , somos os responsáveis.
Também me custa, mas tenho de assumir as minhas responsabilidades.
Com 4 anos ainda é fácil, aguarda pelos 13/14 e seguntes. estou a enlouquecer, mas tu ainda não chegaste lá.
Beijinho
É complicado mesmo... A minha com 3 anos tem-nos dado já mostras do rico feitio. É um doce, mas sentimos agora que a cada dia nos testa.. Temos q ser fortes amiga. Por muito que nos custe. E dizer-lhes que não... Porque a vida não é feita apenas de sims e sorrisos. Beijocas
O meu Principezinho tem a mesma idade sei perfeitamente do que falas!...
Lê este livro pode ajudar:
" O não também ajuda a crescer"
Por muitos conselhos que te dê, és tu quem tem de decidir o que é melhor para Ti e para o teu filho!
No entanto, sugiro que sempre que necessário não te inibas de dizer NÃO;
No momento da birra mantem-te calma.
Deves ser tu a liderar, orientar todo o seu dia a dia, conversando calmamente com ele chegando a acordos;
Perde 10 a 15 minutos diários dedicados exclusivamente a ele e suas brincadeiras (nem sempre é fácil eu sei mas é excelente)
Sempre que decidas aplicar um castigo, escolhe um castigo curto( um dia)e simples, o importante é comprir rigidamente o castigo!
Define estratégias para contornares as birras...
Espero que resulte...
Beijinho ;)
A Sofia também faz birras de vez em quando, mas sabe bem quando digo que não é não e se continua leva uma palmada e vai para casa e lhe são tiradas coisas. Atenção que não dou com força. E já não o faço à séculos, ela já sabe que não é não, e não adianta reclamar que é pior.
Custa mas temos de ser firmes, eles tem de saber que quem manda somos nós os pais e não eles.
Olá, Carolina,
Costumo ler-te mas não tenho por hábito comentar. Hoje, não pude deixar de o fazer porque sei o que estás a passar. O meu Tomás tem quase a idade do teu Afonso e, está quase na mesma. Testa-nos a paciência todos os dias.. E tem que ser como tu estás a fazer: castigos firmes, conversa e, quando necessário, uma palmada no rabo, que nunca matou ninguém.
Boa sorte. Beijinhos.
Beta
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