À cinco anos atrás guardei tudo.
Cinco anos depois dou quase tudo.
Sou saudosista [gostava de não ser].
Guardo tudo. tudo me trás lembranças, tudo têm uma história.
Quando tive o Afonso, não sei se por ser o primeiro, ou se inconscientemente pensar em ter mais filhos guardei tudo, e quando digo tudo é mesmo tudo.
Passado cinco anos, deu-me imenso jeito para o Bernardo.
Não tive que comprar nem metade.
Mas agora já começo a ter montes de roupa que não serve espalhada por todo o lado.
Adiei de dia para dia arruma-las, no fundo não sabia bem o que lhe fazer. Ou melhor não me queria desfazer delas, mas hoje foi o dia.
Tudo metido em caixotes, com destino a contentores.
Guardei algumas coisas, aquelas que têm muita história, e das quais não tenho mesmo coragem de me desfazer.
E a minha mãe pergunta-me [não vais ter mais filhos?], respondo que não sei, não sei mesmo. Logo se vê.
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